segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Agenda Dojo AABB - Março

04/03/2011 - Sexta
19:50 hrs - Misogi do Tatame

05/03/2011 - Sábado (Dojo Central)
09:00 hrs - Koshukai Início das Atividades 2011 (aberto a todos aikidoístas)
15:30 hrs - Yudanshakai: Estudo da Didática de Ensino (aberto a partir de 2º Kyu)

25/03/2011 - Sexta
20:15 - Aula Inaugural com Vargas Sensei
21:30 - Janta

_________________________

Nos dias 06, 07 e 08 de março não haverá atividades no Dojo AABB.

Os interessados nos keikos de terças e quintas às 17:00 devem entrar em contato com a secretaria e deixar seu nome na lista: (OXX-51) 3243-1031.

domingo, 27 de fevereiro de 2011

Aikido Colocado à Prova



Algumas vezes, desde que iniciei minha prática, escutei muitas opiniões e debates sobre a eficiência ou não do Aikido em um conflito real. Considero que essas dúvidas se devam ao fato da ausência de competições, algo que já foi muito bem esclarecido por Gozo Shioda Sensei
O fato é: todas as artes marciais, ou técnicas de combate que conhecemos nos dias atuais, (com exceção de algumas invenções de alguns charlatões) foram testadas à exaustão, evoluíram de movimentos milenares, aperfeiçoadas ao longo do tempo e adaptadas à realidade atual. Portanto, todas elas são eficientes de fato ou, no mínimo, cumprem uma função cultural ou espiritual para os indivíduos que a praticam (ainda existem por algum grande motivo). Resumindo: se não fossem eficientes teriam sido extintas.
Dito isso, entro no aspecto mais sensível que consiste em compreender o que cada pessoa procura em uma arte marcial. Qual o objetivo final do praticante, o que ele almeja de fato com a prática de um Budo ou técnicas de combate?
Poderíamos listar alguns objetivos do praticante das técnicas de combate competitivas: status, medalhas e troféus, dinheiro, superação, auto-conhecimento, auto-defesa.
Agora, qual seria o objetivo de um praticante de um Budo sem competição?
Com certeza estaria centrado no aspecto saúde, auto-conhecimento, auto-defesa, e não em elementos exteriores como premiações ou coisas do gênero (essa deveria ser a regra).
O Aikido se enquadra nessa categoria, portanto, acho estranho um aikidoísta se preocupar se a arte que pratica seria útil em uma situação competitiva. A resposta é simples: não.
Vamos refletir: no Aikido treinamos basicamente katas (movimentos pré-estabelecidos) que ao longo do tempo vão ganhando fluidez até chegar à "não-forma". Isso exige um longo tempo de treinamento e décadas de dedicação. Alguns dos princípios básicos como "não-resistência", "entrar e girar", "não utilizar a força física", "não bloquear", "não-ego", "a verdadeira vitória é a vitória sobre si mesmo", cairiam por terra se o Aikido fosse colocado em um ringue.
Competições estabelecem critérios de pontuação e limitações para preservar os competidores. Para vencer uma luta é necessário agressividade e busca do combate, expondo-se dentro das regras. Isso por si só já é um contra-senso para o Aikido. Treinamos anos para buscar a "harmonização através da energia" e em 15 minutos o aikidoísta entraria em um ringue ou tatame cheio de regras, muitas vezes trajando luvas que impossibilitam a pegada de articulações pequenas e precisando se expor para vencer um combate sem sentido algum, a não ser vencer um competidor para quem sabe ganhar um torneio.
É claro que existe o fator de colocar à prova o aprendizado e sentir a técnica sendo aplicada "para valer", mas isso só acontece na realidade quando nossa vida está em extremo risco e temos que reagir para não sermos lesados gravemente. Graças a Deus, isso é algo que muito poucos vão passar...
O ringue não é o local de analisar se as técnicas são eficientes ou não, pois as técnicas de competição são uma coisa e técnicas de combate são outra coisa, senão vejamos: 
- o quão eficiente seria um kokyu nage que permite o rolamento do Uke para "vencer" um oponente dentro de um ringue acolchoado? E se fosse no asfalto?
- o quão eficiente seria uma "raspada" do Brazilian Jiu-Jitsu no asfalto quente com mais 3 oponentes? E no ringue 1 contra 1?
- o quão eficiente seria um "chute-coxa" do Muay Thai desferido por uma menina contra um brutamontes sob o efeito de entorpecentes? E num ringue contra outra mulher?
Um lutador de MMA por exemplo, é um atleta de alto rendimento (como um velocista, triatleta), possui um biotipo e talento para esse tipo de competição e ganha sua vida como mercenário, (sem sentido pejorativo) pois luta pelo dinheiro e pelos patrocínios. Para isso, o tipo de treinamento que faz é específico para cada oponente que enfrentará (no máximo dois por ano devido ao desgaste que acarreta a seção de pancadas que recebe) e sua "vida útil" como atleta é, no geral, muito curta, sem contar que são muito poucos que chegam ao estrelato, o restante tem que pagar do próprio bolso as próteses dentárias após alguns campeonatos amadores. Mas sem dúvida, são lutadores admiráveis.
O que quero dizer é que cada prática marcial possui o seu cenário específico de ação e isso não significa que seja melhor ou pior que outra, pois muito do que conta é como o seu praticante treinou as técnicas e o foco que ele deu no seu desenvolvimento, assim como em que situação ela será colocada em ação. Caso contrário, as competições de determinadas artes deveriam acabar sempre empatadas, pois seria a "arte suprema" contra ela mesma e não o competidor mais preparado (ou com mais sorte) contra o outro.
Por isso, sempre que escuto o comentário que devemos treinar a arte X para complementar a arte Y eu discordo. Cada arte é independente da outra, o que não impede que tenhamos noções básicas de todas elas e conheçamos seus preceitos fundamentais, o que, diga-se de passagem, é muito saudável e recomendável. Porém, o Aikido é um Budo tão complexo que quanto mais treinamos, mais vemos que não sabemos nada. Imagina se ao invés de nos dedicarmos mais ainda à sua prática, começamos a misturar peças que não são intercambiáveis e perdemos horas de prática de uma arte para dispersarmos em outras?
O resultado disso será um emaranhado de técnicas que dão a pretensa ideia de superioridade marcial de um "lutador" sobre outro (o que sempre cairá por terra, pois mais cedo ou mais tarde todos são derrotados) mas que pouco absorveu da essência das arte que optou como seu principal caminho.
Parafraseando Meirelles Sensei: "felicidade é: se estiver com fome, coma; se estiver com sede, beba; se estiver com sono, durma". Eu acrescentaria: escolheu o Aikido como prática, treina.

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Reinício das Atividades do INSBRAI

O Instituto Sul Brasileiro de Aikido informa

05/03/2011 - Sábado (Dojo Central)
09:00 hrs - Koshukai Início das Atividades 2011
15:30 hrs - Yudanshakai: Estudo da Didática de Ensino
_________________________

Nos dias 06, 07 e 08 de março não haverá atividades no Dojo AABB. 

sábado, 19 de fevereiro de 2011

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Aniversário do Aikido no RS

Neste dia, o keiko do Dojo AABB será transferido para o Dojo Central!
 
O Instituto Sul-Brasileiro de Aikido convida:

Quarta-Feira 23/02/2011

19:00 hrsKoshukai (aberto a todos) 
20:30 hrs - Aniversário do AIKIDO NO RS
Local: Dojo Central (Rua João Guimarães, 171)

Convidamos todos os alunos e amigos para a Festa de Aniversário do Aikido no RS; ela seguirá os moldes do Bonenkai. Está disponível na secretaria do Dojo Central uma lista com sugestões de Comes. A festa funciona da seguinte forma: cada convidado trará comida suficiente para si, seus acompanhantes e mais uma pessoa (Ex: 03 pessoas, comida para 04 pessoas). Desta forma todos terão comida suficiente, sem desperdícios. 

Importante lembrar que cada um deve trazer pratinhos para servir a comida, bem como talheres se julgarem necessário. De preferência, traga alguma comida leve, não gordurosa. O Dojo se encarregará das bebidas (refrigerantes).

Favor confirmar sua presença. 
Dúvidas pelo telefone (51) 3333-7867 ou por este email: aikido@aikido.com.br

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

O Uso Policial do Aikido

 
 

Vargas Sensei sempre foi um obstinado por inserir o Aikido nos órgãos de segurança pública. Já ministrou treinamento para o curso de formação de Capitães da Brigada Militar, Agentes da Guarda Municipal de Porto Alegre, Seguranças do Trensurb, Agentes da FASE (antiga FEBEM) e criou o CDPP (Centro de Defesa Pessoal Policial), junto com alguns colaboradores. Em muitos desses cursos, participei como instrutor auxiliar e trago a partir dessa experiência algumas reflexões.
Muito se fala nos dias atuais sobre a necessidade de um novo perfil das polícias. Hoje, cresce a qualificação desses profissionais e ao mesmo tempo exigem-se conhecimentos amplos em diversas áreas,  assim como uma nova ótica na abordagem policial.
Nesse sentido, o Aikido, no meu ponto de vista, tem muito o que acrescentar. Por não dar ênfase apenas nos atemis (pancadas lesivas), valorizar a antecipação e o elemento surpresa, possuir uma ótica de combate que observa um oponente como se fosse vários e vários oponentes como se fosse um (controle do espaço), as imobilizações que dão ênfase nas pequenas articulações e na economia de energia de quem está aplicando, na finalização do agressor em decúbito ventral (o que diminui a agressividade e possibilidade de reação do mesmo e favorece a algemação), todos esses aspectos fazem do Aikido o Budo ideal para o uso policial (o que já é reconhecido nas principais polícias mundo afora: Japão, EUA, países da europa, G.O.E da Polícia Civil de SP).
As técnicas do Aikido vão ao encontro dos anseios que hoje a sociedade possui, de uma polícia que respeite os direitos humanos ao mesmo tempo em que realiza a repressão ostensiva ao crime, uma polícia que age com rapidez mas ao mesmo tempo com inteligência, com eficácia, sem truculência.
Quem pratica ou já praticou Aikido, sabe que a dor que sentimos ao sermos imobilizados impossibilita qualquer tipo de reação (por incrível que pareça, muitas vezes não conseguimos nos mover, mesmo sem dor alguma), porém, essa dor é uma dor instantânea, que cessa assim que somos liberados. É a chamada dor terapêutica (algo similar a dor de alongamentos). Por outro lado, se existir a necessidade extrema de uma técnica mais lesiva que inutilize o oponente, essas mesmas técnicas já citadas podem passar desse patamar da dor terapêutica e chegar a dor lesiva, causando graves danos ao oponente.
Vemos assim que o Aikido serve tanto para a abordagem de suspeitos, algemação, quanto para a defesa pessoal dos agentes de segurança que, utilizando as técnicas adequadas, estarão trabalhando dentro da concepção do uso moderado e necessário da força, o que não seria caracterizado por exemplo em artes que dão ênfase em pancadas ou no combate restrito homem a homem. A técnica bem aplicada do Aikido deve estar em harmonia (como já diz o nome dessa nobre arte) com a intenção do agressor, nem mais, nem menos, assim como de acordo com a sua filosofia de não-violência.
Na sequência, posto alguns vídeos que considero interessantes para ilustrar esse tópico.
Saliento que os vídeos são meramente ilustrativos, não caracterizando divulgação alguma.

Domo arigato gozaimashita




terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Além da Tela

Conheço inúmeras pessoas, invariavelmente com mais de 25 anos, que sempre me perguntam se o Aikido é a arte marcial praticada por Steven Seagal. 
A resposta é afirmativa. Steven Seagal é 7º Dan de Aikido, embora tenha graduações em outras artes, o Aikido é o seu "principal" Budo.
Particularmente, admiro a divulgação que Seagal Sensei realizou do Aikido, assim como da proficiência de sua técnica, principalmente quando era mais jovem, porém, penso que aqueles que pretendem praticar esse Budo tão complexo devem enxergar além do que demonstrado nos filmes ou nos vídeos que temos acesso.
Existem inúmeros Shihans e Senseis que nos trazem contribuições profundas e que talvez sejam muito mais importantes do que pensar em executar técnicas "ferozes" e "cinematográficas".
Mas sem dúvida, o mais importante para o nosso desenvolvimento é o shugyo durante o keiko e manter a famosa "mente de principiante".
Para aqueles que gostam de saber se o Aikido é de fato eficiente (já que não existem competições para 'provar' isso), deixo dois vídeos que achei bem interessantes de Seagal Sensei utilizando o Aikido em algumas situações "extra-tatame".

Domo arigato gozaimashita



terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Agenda Dojo AABB - Fevereiro

*02/02 (quarta) - 09:30 - Keiko especial de feriado (Dojo Central)

*04/02 (sexta) - 19:45 - Misogi do Tatame (levar pano de chão)
20:15 - Keiko para Exame

O restante da programação segue normalmente, com exceção dos keikos de terças e quintas às 17:00 que retornarão em março.

Domo arigato gozaimashita